꧁ A Mente


Processos Cognitivos ➺ Perceção e sensação  

                                                   ↓               Processo Elementar

                                              Quando a informação é tratada de dimensão cognitiva

                                       ➺ Memória

                                       ➺ Aprendizagem

A perceção envolve a atribuição de um significado.


Organização Percetual:

➫ Distinção entre figura e fundo

➫  Princípios de agrupamento das unidades percetivas

➫ Constância percetiva

➫ Perceção de profundidade


Perceção ➫ É a capacidade de captar, processar e dar sentido de forma ativa à informação que alcança os nossos sentidos. Isto é conseguido através de um conjunto de mecanismos psicológicos e mecânicos.

A perceção é uma representação subjetiva, cada um tem a sua perspetiva em relação ao real circundante.

Distinguir sensação de perceção

A perceção é um processo cognitivo através do qual contactamos com o mundo, que se caracteriza por exigir a presença da realidade de a conhecer. Pela perceção, organizamos e interpretamos as informações sensoriais. Por isso, a perceção começa nos órgãos recetores (sensoriais) que são sensíveis a estímulos específicos. 

Ao processo de deteção e receção dos estímulos recebidos chama-se sensação.

Enquanto que as sensações são meras traduções, captações de estímulos, a perceção exige um trabalho de análise e síntese. 

Enquanto que a sensação é a experiência simples dos estímulos, a perceção envolve a interpretação das informações sensórias recebidas.

Fatores externos e internos que condicionam a perceção:

Fatores externos: 

➺ Intensidade do estímulo

➺ Contraste

➺ Movimento

➺ Profundidade

➺ Incongruência


Fatores Internos:

➺ Vivências

➺ Memória

➺ Expectativas 

➺ Motivação

➺ Estados espirituais

➺ Valores

➺ Contexto social

➺ Atenção

➺  Componente afetiva

➺  Aprendizagem social e cultural  

➺ Interesses

 

Sonhos podem ser representações, inconscientes, que não foram processados de forma consciente.

Definir memória

A memória pode ser entendida como o registo de todas as experiências existentes na consciência, bem como a qualidade, extensão e precisão dessas mesmas lembranças. 

A memória é a capacidade do cérebro em armazenar, reter e recordar a informação. 

Esta apresenta duas funções fundamentais: 

- a capacidade de fixar, o que permite o acréscimo de novas informações;

- a capacidade de reproduzir, através da qual os conhecimentos são revividos e colocados à disposição da consciência.

Para que uma memória seja eficaz, é preciso compreender o teor da informação, dependendo esta da motivação e do interesse que a questão suscita em cada um de nós. Quanto maior a compreensão do conteúdo e a intensidade da ligação entre ele e os restantes conhecimentos anteriormente adquiridos, maior a durabilidade da memória.

A importância da memória no comportamento

A memória é um fenómeno biológico e psicológico, dependente da interação entre vários sistemas cerebrais como o lobo temporal, a amígdala e o córtex pré-frontal.

A memória está na base de todas as funções psíquicas: a perceção, a aprendizagem, a imaginação, o raciocínio, etc...

Não podemos conceber a vida humana sem memória. É a partir das informações que o indivíduo possui que se adapta ao meio e atribui significado às experiências vividas. Sem ela, seria impossível a transmissão e desenvolvimento cultural. O homem seria um ser puramente biológico que apenas vive o momento e não é capaz de recordar o passado.

É a memória que nos dá o sentimento de identidade pessoal: as experiências vividas, acumuladas e que são reconhecidas como nossas, constituem o nosso património pessoal que nos distingue dos outros e nos torna únicos. 

Sem memória não existe identidade.

A memória humana é limitada na sua capacidade de armazenamento e é, muitas vezes, afetada pelos nossos sentimentos, emoções, experiências, imaginação e, ainda, pelo tempo.

A memória como um processo ativo e dinâmico

A memória é um processo ativo e dinâmico na medida em que não reproduz fielmente aquilo que armazenou. 

A memória reconstrói os dados, o que implica que dê mais relevo a uns, distorça outros e/ou omita. Por outro lado, quando os acontecimentos são muito emotivos, a memória deixa escapar pormenores que depois são substituídos/reconstruídos pelo cérebro. Quem conta um conto, acrescenta um ponto e, assim, quanto mais se reproduz o que aconteceu, mais elaborada e complexa vai ficando a história, chegando a um ponto em que muitos factos não passam de imaginação.

No entanto, as representações que temos são sempre tão claras como se fossem plenas reproduções da realidade, o que faz com que este processo ativo e dinâmico nos passe completamente despercebido. Por este motivo, o mesmo acontecimento pode ser descrito de formas bastante diferentes por diferentes pessoas. 

Não mentem, apenas têm diferentes interpretações resultantes de diferentes sentimentos, emoções e atenção.

A Aprendizagem

É a aquisição ou mudança estável e duradora de um comportamento e/ou de um dado conhecimento, através da experiência, do treino ou do estudo com a função adaptativa relativamente ao meio e às suas mudanças.


Processos de Aprendizagem

Aprendizagem por habituação

  • Consiste na diminuição da tendência para responder a estímulos que se tornam familiares, devido à exposição sucessiva aos mesmos;
  • Aprendemos a ignorar estímulos conhecidos, não portadores de informação nova, o que aumenta a nossa capacidade de adaptação a outras aprendizagens que possam surgir.

Aprendizagem Associativa

Conceitos desenvolvidos por Pavlov:  

Condicionamento Clássico

Defendido por Ivan Pavlov, que afirmava que a aprendizagem resulta de associações entre estímulos e respostas:

  • Estimulo: - Qualquer elemento do meio que produz efeito sobre o organismo; Provoca uma reação, uma alteração no comportamento.
  • Resposta: Qualquer atividade do organismo que se segue ao estimulo; Pode ser um movimento, uma secreção glandular, um pensamento, uma emoção.
Conceitos desenvolvidos por Pavlov: 

  • Estimulo Neutro: Estimulo que, antes do condicionamento, não produz a resposta desejada. Ex. o som da campainha

  • Estimulo Incondicionado: Estimulo que desencadeia uma resposta não aprendida. Ex. a carne
  • Resposta Incondicionada: Resposta inata, não aprendida. Ex. salivar com o cheiro da carne
  • Estimulo Condicionado: Estimulo neutro que, associado ao estímulo incondicionado, passa a provocar uma resposta semelhante à desencadeada pelo estímulo incondicionado. Ex. o som, depois de associado à carne, passa por si só a provocar a salivação.
  • Resposta Condicionada: Resposta que, depois do condicionamento, se segue ao estimulo que antes era neutro. Ex. salivar quando ouve o som da campainha.

Condicionamento Operante 

Estudado por Thorndike e Skinner, que vão afirmar a existência de uma aprendizagem mais complexa.

Na sequência das suas experiências Thorndike enunciou a Lei do Efeito: uma resposta seguida de um reforço positivo tem mais probabilidade de ocorrer.

Conceitos: 

  • Reforço: Estimulo que, por trazer consequências positivas, aumenta a probabilidade de uma resposta ocorrer. O reforço pode ser positivo ou negativo.
  • Reforço Positivo: Estimulo que tem consequências positivas e agradáveis e que se segue a um dado comportamento. O animal faz alguma coisa com a finalidade de obter algo agradável.
  • Reforço Negativo: O sujeito evita uma situação dolorosa se se comportar de determinado modo. É a eliminação do estímulo que permite evitara situação dolorosa. O animal faz alguma coisa para evitar algo desagradável.

Ambos os tipos de reforço tem como objetivo fortalecer e aumentar a ocorrência de um comportamento. Ambos aumentam a probabilidade de a resposta ocorrer.



Inteligência (teorias)

Clássicas da inteligência, fatoriais e psicométricas:

➔ teoria bifatorial

➔ teoria multifatorial


Contemporâneas da inteligência:

➔ teoria influências múltiplas

➔ teoria triárquica da inteligência 


teoria bifatorial (2 fatores)

➙ fator geral (fator g) - inteligência central (maioritariamente inato)

➙ fatores específicos (fatores s) - manifestar-se-ão de diversas maneiras

< Se um indivíduo for bom numa certa tarefa parte-se do princípio de que irá ser bom em todas as outras


teoria multifatorial (vários fatores)

➢ o núcleo da inteligência não está só num fator como na teoria bifatorial

Fatores:

➙ Compreensão Verbal

➙ Fluência Verbal

➙ Numérica

➙ Espacial

➙ Memória

➙ Raciocínio


teoria influências múltiplas 

➢ Sermos bons numa área e maus noutra


Teoria Triárquica 

➙ Criatividade

➙ Analítica

➙ Prática


Influências: 

➙ Meio intrauterino

➙ Meio exterior

➙ Genética

➙ Idade

➙ Expectativas

➙ Cultura  



Ano letivo de 2021/2022 
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