Para o desenvolvimento do ser humano é necessário a Cultura.

A cultura é um conjunto de aspetos sociais e culturais que estão em constante interação. Estes vão influenciar a nossa capacidade de adaptação aos obstáculos que aparecem ao longo das nossas vidas.

A cultura diz respeito às tradições, crenças, valores que são partilhados por uma sociedade em que os comportamentos são passados de geração em geração daí a sua influência em cada um de nós. Não há culturas universais o que vai garantir uma enorme diversidade de padrões culturais.

O ser humano é sensível à cultura, este serve-se da cultura para enfrentar situações e resolver possíveis problemas. Ao tornarmo-nos humanos através da cultura, tornamo-nos simultaneamente diferentes em relação a outras pessoas que enfrentam e sentem de uma forma diferente, para os mesmos problemas procuram-se soluções diferentes, porque vivem e foram criadas em culturas distintas.

Logo, existe assim o conceito de padrão cultural, ou seja, um conjunto de comportamentos, práticas, crenças e valores comuns aos membros de uma determinada cultura. Os padrões culturais ajudam no enquadramento da construção de significados em muitos domínios da vida social. A cultura exerce uma forte influência na forma como pensamos e sentimos. Por isso é necessário ter os padrões culturais em conta quando observamos os sentidos que as pessoas atribuem a comportamentos, atividades e/ou objetos. Os padrões culturais estão em constante mudança.

As sociedades caraterizam-se pela heterogeneidade cultural. De uma sociedade para outra, diferem os padrões culturais, o que se traduz numa divergência nas relações sociais, na sua organização, nas formas de expressar a sensibilidade ou de definir os afetos, em suma, nas maneiras de ver, pensar, agir e sentir.

A socialização é muito importante pois é através desta que somos indivíduos desenvolvidos e únicos (individualização). A função integradora e diferenciadora são importantes para nos integrarmos na sociedade.

Neste contexto, podemos recorrer a crianças selvagens para demonstrar que é fundamental a interação com outros humanos para o desenvolvimento da identidade e aquisição dos saberes básicos. "Criança selvagem" é a designação de uma criança que não se desenvolveu em sociedade com uma determinada cultura, ou seja, sozinha ou acompanhada por animais. Temos exemplos como Isabel Santos que foi criada num galinheiro e a Genie que cresceu isolada num quarto. Estas crianças cresceram com uma acentuada dificuldade no que toca a interação.