"O inimigo invisível e sem rosto das redes sociais"
Em 2020 o cyberbullying representou 40% das queixas de bullying detetadas pela Polícia de Segurança Pública. Esta forma de assédio moral organizado contra uma determinada pessoa de forma virtual e que pode assumir diferentes formatos - agressão verbal, ameaça, injúria, difamação ou perseguição - e afeta principalmente as crianças e os mais jovens.
Dimensão reflexiva:
Hoje em dia as redes sociais fazem parte do nosso dia-a-dia. Estas, como tudo na nossa vida, tem aspetos positivos e negativos.
Desde a globalização verificou-se um aumento da velocidade com que as informações são transmitidas. Hoje, as notícias nas redes sociais espalham-se mais rápido do que nos sites oficiais de noticiais pelo que as consequências podem verificar-se em pouco minutos em todo o mundo.
Uma informação pode ser lançada no Twitter em qualquer país e, em minutos, "viralizar" e chegar à maior parte das pessoas no mundo inteiro.
Porém, nem tudo é bom, Cada vez mais existem as "fake news".
Para além das fake news existe também o cyberbullying que acontece online. Na internet, o jovem agressor pode manter-se no anonimato sendo uma das vantagens deste ipo de agressores. O cyberbullying pode acontecer em qualquer sítio, na escola, em casa...
Os agressores divulgam os dados pessoais das vítimas (como nome, morada ou o local de trabalho e/ou de estudo) em sites ou fóruns, ou a publicação de comentários maldosos afim de difamar/ridicularizar. Alguns destes recorrem ao uso de e-mails e mensagens instantâneas ameaçando e/ou assediando as vítimas, publicam rumores e boatos de modo a instigar os outros a agredir a vítima. O cyberbullying é mais frequente em vítimas do sexo feminino.
É importante consciencializar as pessoas, em particular, as crianças para o perigo das redes sociais, orientá-las quanto à utilização da internet, sugerir atividades educativas na internet e mostrar as possíveis consequências de práticas perigosas. As vítimas de uma intimidação virtual podem sofrer de stress, humilhação, ansiedade, depressão, perda de confiança, raiva e em alguns casos pode terminar em suicídio.