Começámos mais um novo tema: Relações Interpessoais
O homem é um ser que tende a projetar uma imagem favorável em relação a si. Assim, este analisa os outros consoante a imagem que tem de si próprio, fazendo comparações. Para além disso, o modo como pensamos os outros está interligado às primeiras impressões que construímos destes, isto é, a primeira imagem, a ideia criada.
Esta primeira ideia é muito marcada pela emoção que marcou o primeiro contacto, e irá permanecer na nossa memória.
Outro fator é a caracterização anterior da pessoa, que resulta, muitas das vezes, do que nos é transmitido por outros indivíduos acerca dela. Deste modo, podemos verificar que a forma como pensamos os outros, por vezes, pode estar incorreta, visto que é condicionada por vários fatores de que não estamos conscientes e que, por esse motivo, não podemos eliminar. As impressões são também um fator crucial, estas condicionadas por outros fatores como o nosso estado espiritual, o nosso redor, etc.. as expectativas, caso estas se tornem ou não realidade.
Outra questão relevante está relacionada com o modo como nos deixamos influenciar e influenciamos os outros. A influência social, ou seja, a modificação de comportamentos, atitudes, pensamentos, etc., ocorre devido à interação entre o grupo. Esta interação corresponde à influência mútua exercida pelos membros do grupo social, sendo a maneira de podermos influenciar e ser influenciados. Isto acontece porque, intencionalmente ou não, é exercida uma pressão entre os membros do grupo que resulta em algumas mudanças de comportamentos, atitudes, emoções, pensamentos e sentimentos.
No contexto da normalização pudemos compreender o conceito de norma. As normas correspondem às regras básicas que estabelecem o politicamente correto em determinada sociedade. Deste modo, as normas têm o papel de orientar o nosso comportamento. O cumprimento e o respeito destas normas é vital para o bom funcionamento do grupo e das suas relações.
Desta forma, surge o conformismo, isto é, a aceitação das normas vigentes do grupo, de modo a manter uma relação saudável entre os seus representantes. Aliás, é a necessidade de interação, de pertença a um grupo que leva as pessoas a se conformarem a determinados comportamentos e opiniões partilhadas pelo grupo. Assim, o medo de exclusão e a vontade de integração levam as pessoas a ignorarem as suas ideias e opiniões, optando por concordarem com as ideias subjacentes à maioria.
Em alguns momentos, é melhor conformarmo-nos com certas situações de modo a não sairmos prejudicados, como por exemplo, na escola. Contudo, devemos mostrar a nossa opinião, tentando chegar a um consenso, a uma conclusão mais correta.
Em relação à obediência, devemos ter em conta o estatuto da autoridade. No entanto, não é compreensível que sejam ignorados os nossos valores morais, para que obedeçamos cegamente ao que nos é pedido. Assim, tanto o conformismo como a obediência têm de ser tidas em atenção.
Por fim, saliento que este tema trata de realidades muito complexas mas que são importantes para a melhor compreensão dos outros, do mundo, e principalmente, de nós próprios.
Gostei bastante de abordar este tema na sala de aula uma vez, uma vez que nos foi dada a oportunidade de intervir e de argumentar um maior número de vezes, devido ao caráter complexo desta temática.